Encontro sobre cacau marca renovação do setor na Bahia
- Amanda Almeida
- 21 de nov. de 2017
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O cacau da Bahia vive um novo ciclo histórico. Agora, inclusão social e técnicas de sustentabilidade são ingredientes obrigatórios dos diversos produtos fabricados a partir do fruto, entre eles o chocolate e cosméticos. A preservação da Mata Atlântica e o tratamento digno aos pequenos agricultores familiares envolvidos na indústria ganham importância primordial. Com a finalidade de agregar e proporcionar o diálogo entre todos os agentes da cadeia produtiva, o encontro Bahia Cacau 2035 acontece nesta terça-feira (21), no Hotel de Ville, em Salvador.
Foram lançados o Sistema e Arranjo Produtivo Local (APL) do Cacau e Chocolate, uma carta aberta, uma portaria para beneficiar produtores do cacau cabruca e um plano de trabalho. Um importante pleito dos agricultores também foi atendido, com a assinatura da portaria conjunta Sema/Inema será ampliada a autorização do manejo da cabruca (AMC), promovendo mais desenvolvimento e mantendo a preservação do bioma nativo da Mata Atlântica.
“A indústria do cacau renasce renovada. Há espaço para produtores de todos os tamanhos, em um mercado praticamente inesgotável. Esse evento proporcionará uma troca de experiências que certamente ajudará a melhorar a qualidade do setor em vários aspectos”, diz Jaques Wagner, secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia.
O Governo do Estado tem consciência da importância dessa cadeia produtiva para a economia baiana e nacional e atende à necessidade com este fórum que consiste na tentativa de organizar a agenda do cacau nos próximos 20 anos. “Esta integração sinérgica institucional proposta, a aposta na difusão de tecnologia e o fortalecimento da cadeia produtiva do cacau, certamente trará grandes resultados para toda Bahia”, acredita Vivaldo Mendonça, secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti), presente durante todo o evento.
Ainda no turno da manhã, diversas palestras formaram um panorama do fruto no Brasil e no mundo, com representantes do governo estadual e federal, institutos de pesquisa e indústria, e convidados com atuação internacional. Já no turno da tarde, cinco grupos técnicos elaboraram um plano de trabalho para construir políticas públicas eficazes para o segmento, com a participação do setor público, privado, universidades, centros de pesquisa e terceiro setor.
Com informações da Ascom/SDE